terça-feira, 26 de maio de 2015

pela manhã

ela acordou, foi até a cozinha preparar o café e ver se desengasgava do sonho que havia tido. passou requeijão no pão, assoviou baixinho e se debruçou na mesa. suspirou, e como suspirou! assistiu o mundo se levantar por de trás das telhas. se sentiu tão pesada, tão presa, tão mordida. ela engoliu a seco. mexeu a colher do café, mordeu os lábios, olhou pro teto. o rosto ardia gelado e um vulcão estava preso em seu peito. tomou um pouco de café, debruçou na mesa, só pra ver se o dia se levantava dentro dela.

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