quarta-feira, 30 de julho de 2014

Sem silêncio

Talvez eu esteja me precipitando um pouco ao escrever textos pra você, mas, o que isso importa? Eu me sinto bem. Me sinto motivada. Não ligo de morrer de amor algumas vezes, pelo contrário! Considero extremamente válida essa sensação. Só não seja quieto. Bah! Odeio o silêncio desamoroso. Se for pra ficar quieto que seja por causa dos meus beijos.

Um pequeno agradecimento

Você me ensinou a usar gravata, tocar violão, fazer serenata e jardinagem. Você me fez até frequentar baladinhas hippies que tocavam Los Harmanos. Você, sozinha, me ensinou ser gentil com minha família, me ensinou etiqueta, francês e grego. Se eu sou grato? Graças a você meus cachos caucasianos são bonitos, meu ânimo exaltado e meu coração é cheio. Você, tão pequena, consegue cuidar de um barbudo de 1 metro e 90 cm. Consegue fazê-lo feliz com as piadinhas bobas que ele nunca viu graça. Consegue enchê-lo de vontade de mordê-la quando canta. De encher o peito do pobre homem de ar. Você, com seus instrumentos musicais, suas plantas, seus gatos, suas manias, sua teimosia, seus cabelos molhados, seus óculos, sua delicadeza e suavidade preencheu minha existência por completo. Se eu te amo? Ah, por favor, eu sou louco por você morena.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Um junto bonitinho

Não se prenda na solidão. A vida está aí, cheia de cores e oportunidades que esperam por alguma atitude sua. Onde está aquela teimosia? Queira mais as coisas. Queira mais querer. Queira mais se preencher. Coisas assim só dependem de nós, de cada um de nós. Não gosto de vê-lo assim, homem... Reaja! Estou aqui contigo. Sério, eu estou aqui. Não é tão difícil assim e eu nem sou tão chata assim. Quero ajudar, mas, por favor, queira também. Estamos juntos. Não junto, junto mas um junto bonitinho. 

segunda-feira, 21 de julho de 2014

E-mail amoroso

Oi! Sou eu. Dei uma sumida mas estou de definitiva volta para aquele mesmo apartamento onde você se aventurou por noites e mais noites. Sim, eu sumi. Quis sumir de perto de você só pra ver se me procuraria e só Deus sabe como lutei para não respondê-lo de imediato, pois, antes de nós eu precisava cuidar de mim mesma. Tu não sabes como foi difícil lidar com aquele vazio no armário e  meu pé gelado que nunca esquenta, passei por bocados viu... Aproveitei e doei todos aqueles livros que você não gostava, joguei as flores mortas no lixo, reciclei minha coleção de filmes e limpei a banheira. Limpei também meus receios. Minhas mágoas e meus medos. Estou pronta! Finalmente pronta pra você. Espero que tenha sinceridade nas suas palavras mocinho, porque dentro de mim já não cabe mais amor pra tu. Prometo não implicar mais com sua gravata torta se trouxer vinho para o nosso jantar!
                                                                                com amor, sua garota.

domingo, 20 de julho de 2014

Entortou...

Eu danço com as palavras numa eterna valsa
Que me ajuda na tentativa de encontrar
Aquele sossego que me escapa 

Sou uma eterna bailarina, 
toda torta e de duvidosa alegria
Meu dançar já não mais agrada
o peito que só pede calma

Desejo somente tentar explicar
o bolo de palavras alojado aqui
Que de forma alguma quer se calar

Aproxime-se se puder aceitar
meu eterno barulho
Que compulsivamente cantarola
Sem alguma demora

Concentre-se e aprenda
com a torta bailarina
que nunca se assossega. 

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Quase

Sou quase
Quase só
Quase triste
Quase feliz
Quase eufórica

Sou quase
Quase desamor
Quase fraca
Quase sufocada

Eu poderia ser
Mas não o desejo
Prefiro ser quase
Quase lá
Quase cá

Minha única certeza é quase
Quase cheia de alegria
Quase cheia de lágrimas
Quase cheia de raiva

Estou quase
Quase cansada
Quase fadada
Quase amada.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Surpresa!!!

 Mais um dia chuvoso. Mais um dia enfrentando um trânsito terrível, flanelinhas sacanas e reclamações do Departamento de História. E mais uma vez eu estava ali, trancafiada naquele escritório em frente a um computador revisando uma pesquisa sobre o Nazismo na Alemanha. Meu Deus! Como aquilo era entediante... Segundo após segundo eu tentava encontrar algum refúgio em minha mente, pensava em inúmeras paisagens, lugares, esconderijos, cavernas, qualquer lugar em que eu pudesse abandonar todo aquele trabalho e apenas descansar. Encontrar o sentido da vida mais uma vez,já que ele sempre, sempre sai de mim sem avisar.
 Olhei no relógio que marcava 15:40 da tarde e nesse instante momento eu podia ver através dos furinhos da persiana o balançar das imensas árvores verdes plantadas em frente aquele Departamento louco e explorador de historiadores iludidos que buscavam se aperfeiçoar cada vez mais dentro do seu campo de trabalho. Suspirei. Por que diabos eu ainda continuava lendo todo aquele documento? Não estava prestando um pinguinho sequer de atenção, minhas vistas estavam embaralhadas e pediam um descanso imediato. -Chega!- Falei comigo mesma. Levantei-me da cadeira, caminhei até o imenso corredor branco até chegar em um bebedouro que se encontrava no fim das paredes brancas. Finalmente! Sorri aliviada, levando um copo cheio de água até a boca, mas, tudo o que é bom acaba cedo demais não é? Quando dei por mim o copo já estava vazio e eu tinha que voltar pro meu lugar, para minha cadeira, minha persiana. Sem os sorriso nos lábios eu refiz todo aquele caminho tristonho até meu escritório e ao chegar bati delicadamente a porta, minha mente já não estava mais ali. Estava numa praia, nessas de comercial de férias, sabe? E eu estava deitada na areia sentindo o vento veranizando meu corpo. Por que não podemos nos teletransportar? Essa sem dúvidas seria a solução de todos os meus problemas cansados. 
 Enquanto eu me remoía em pensamentos decidi abrir a persiana para observar a chuva que fazia um relaxante som. Cambaleei até a janela e lentamente fui abrindo a persiana, procurando algo de bonito com meus olhos nervosos. Pimba! Não acredito! Imediatamente esbocei um sorriso de orelha a orelha e dessa vez sincero, mordi o canto direito de meus lábios e respirei fundo. Dentro de mim já não cabia mais amor. Ali, naquele parapeito do oitavo andar, uma pombinha fizera seu lar. Um ninho com três filhotes buscando refúgio e aquecimento sob as penas de sua mãe, reproduzindo um barulhinho que para mim significava: "Você não sabe o que tá perdendo sua humana boba!". Fiquei por muito tempo observando-os sem pensar em nada, apenas na vida e no sentido que tinha acabado de voltar para mim e dessa vez trazia flores e sorrisos. 
 Com certeza, se Deus pudesse atender um único pedido meu, que fosse o de ser algum daqueles filhotes que provavelmente nem sabiam voar, mas, já possuíam o mundo em seu pequeno ninho.  

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Sobre paixonite

Você sabe o que é paixonite aguda? Não? Então eu explico. Paixonite aguda é o despertar de sentimentos bons dentro da gente, é imediatamente pensar naquela pessoa ao acordar, é rir de tudo o que ela fala e incluí-la no dia-a-dia louco e rotineiro que cada um de nós tem. É ansiedade que transborda. É medo que inunda. Vontade que sobra. É o voar das borboletas que moram dentro da gente.