segunda-feira, 1 de junho de 2015

poema sem nome


eu procuro abrigo,
tô cansada de tanto perigo,
de correr o mundo.
de me dar por tudo,
e se quer ter um peito pra morar,
uma boca pra beijar,
um abraço pra ficar.
já me sou solidão por demais
e nem sei mais
do que sou capaz,
nem sei se tem paz
dentro aqui de mim
preciso esquecer do mundo
de tudo
e me reduzir a mim,
me reduzir a mim
e ir embora
sem me demorar,
ir embora
pra não mais voltar
não mais voltar,
e deixar de só observar
esse mundo tão grande
que vai além do que eu posso olhar
vai além da minha janela
além do quinto andar









Nenhum comentário:

Postar um comentário