sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

triste poema sem nome que não quis fazer. II

e-u
eu sou a que anda em desajuste com o mundo 
eu sou a que na vida não possui norte 
nem rumo
eu sou a que caminha sem saber de si 
se sou só
se tenho algum porto 
eu sou a melancólica, a dolorida 

e-u
eu sou a que esquecem
sou a que não entendem
sou a que passa e ninguém vê
eu sou a que chamam de dramática sem nem a ser
eu sou a que é triste mas nem sabe porquê
sou a que chora sem nem querer 

eu sou a que a vida nunca encontrou 

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