quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Para ele

Matt era um rapaz solitário. Não acreditava em si próprio nem em seus objetivos. Andava preso, tão mais preso que botão. Começava os dias pensando em suicídio, e os terminava assim também. Nunca saia de casa, nunca se movia, nunca fazia barulho. Mas então,um dia seu silêncio fisgou alguém. Ela falava francês e vivia perdia em confusão. Nas quintas-feiras ela praticava Tênis só pra falar que conseguia fazer algo certo na vida. Gostava de pintar as paredes e também de andar descalço. Os dois gostavam de guitarra e violão, ele algumas vezes, mais que ela. Matt se mantinha um pouco longe, mas, isso não impedia que os dois se amassem. Eles preenchiam a solidão igualitária de todas as formas possíveis; tinham uma banda, tomavam vinho, fumavam algumas vezes por semana e faziam amor quase todas as manhãs. Aos poucos Matt foi deixando de ser solitário e aceitando a ideia de uma vida dividida. Ele queria estar preso, não só ele, mas, ela também. Ambos queriam estar cada vez mais presos um ao outro. Se faziam em uma sintonia bonita e alegre. Ele com sua barbicha, ela com suas luzes no cabelo.

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